“O acto de imaginação é um acto mágico. É um sortilégio destinado a fazer surgir o objecto em que se pensa, a coisa que se deseja, de forma a dela se apossar.”Jean Paul Sartre
Quem não se lembra de em pequenino gostar que lhe lessem histórias horas sem fim sem nunca dar sinal de cansaço ou de aborrecimento…transportavam-nos a um imaginário sem fim, onde tudo acabava em bem.
Quase sempre recordamos um avô ou alguém familiar que nos contava mil e uma peripécias antes de irmos dormir, de preferência à frente duma fogueira acolhedora e quentinha. Estes eram os serões de antigamente de quem vivia no campo. Mas também na cidade se vivia o espírito de contar histórias antes de ir dormir, talvez aconchegados no quentinho dos lençóis as crianças sonhavam com as suas histórias preferidas.
Nos nossos dias o não ter tempo para nada, apoderou-se da hora de contar histórias e essa prática foi perdendo-se por entre caminhos pouco claros. Hoje em dia poucas crianças têm o privilégio de ouvir histórias em casa, contadas pelos pais ou familiares próximos.
Esquecemos muitas vezes que através das histórias a criança forma o gosto pela leitura, enriquece o seu vocabulário, amplia o mundo de ideias e conhecimentos desenvolvendo a linguagem e o pensamento.
As histórias estimulam a atenção, a memória, cultivam a sensibilidade e isso significa educar o espírito, ajudam por vezes a resolver conflitos emocionais e, tão importante, estimulam o imaginário da criança.
Como recurso pedagógico a história abre espaço para a alegria e o prazer de ler, compreender, interpretar a si próprio e à realidade, por isso, vamos começar a ler mais histórias às nossas crianças.
Boas leituras!
Mónica Semedo, Educadora de Infância